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No regime monárquico em Portugal o Rei tinha todos os poderes.
Depois das lutas contra os Franceses, foi criada a primeira Constituição Política da Monarquia Portuguesa em 1822, ou seja, a Lei Principal do Reino. Com essa Lei terminou o Absolutismo, passando a existir uma Monarquia Constitucional, isto é, um Reino com uma Lei Principal à qual também o Rei tinha que estar sujeito e um Parlamento. Curiosamente, naquele mesmo ano de 1822, mas em Thomar, no dia 23 de outubro, um mês depois da aprovação da primeira Constituição Política da Monarquia Portuguesa, foi eleita a primeira Câmara Municipal por votação direta dos seus habitantes. Ora nada disto era do agrado dos que defendiam o regime absolutista; assim, começaram a lutar contra os que defendiam o Liberalismo, o que provocou uma terrível guerra civil entre os apoiantes do rei D. Miguel e os do seu irmão D. Pedro IV. D. Miguel defendia um regime absolutista; já o seu irmão defendia um regime liberal. Esta guerra durou seis anos, entre 1828 e 1834. Das várias batalhas que então existiram, a chamada batalha da Asseiceira, perto da povoação com o mesmo nome e que hoje faz parte do Concelho de Tomar, foi muito importante pois foi o ponto final nesta guerra. Esta batalha travou-se no dia 16 de maio de 1834 e marcou o fim do reinado de D. Miguel. Subiu ao trono o seu irmão D. Pedro IV, mas como ele era também o primeiro Imperador do Brasil (que tinha ficado independente de Portugal em 1822), este Rei abdicou do trono, sucedendo-lhe sua filha D. Maria II. |
SABES OU NÃO?
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Repara como é interessante o ano de 1822:
criação da primeira Constituição de Portugal; primeira Câmara Municipal eleita em Tomar; Independência do Brasil. Foi essa Rainha que, em 13 de fevereiro de 1844, na sequência
da sua visita a Thomar em 1843, a Vila de Thomar foi elevada à categoria de Cidade, a primeira do Distrito de Santarém. Na Carta de Elevação de Tomar à categoria de Cidade, assinada pela Rainha D. Maria II, pode ler-se: “(…) sendo a Vila uma das mais vastas e formosas deste Reino, enriquecida com várias fábricas e ornada de numerosos e belos edifícios, entre os quais se destaca, pela sua celebridade, o extinto Convento da Ordem de Cristo, possuindo além destes todos os mais elementos para sustentar com dignidade a categoria de cidade, hei por bem e muito me agrada deferir o pedido, ordenando que a dita Vila, do dia da publicação deste Alvará em diante, fica erecta em cidade, denominando-se Cidade de Thomar”. |
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